terça-feira, 14 de abril de 2009

SEI QUE …


No dia 28 de Setembro de 1974, uma auto-designada “Maioria Silenciosa”, ficou conhecida por tentar influenciar a vida política de alguns sectores conservadores da sociedade portuguesa civil e militar. A partir da organização de uma manifestação de apoio ao então Presidente da República General Spínola, visava o reforço da sua posição política e o fim das liberdades conquistadas em Abril.


Sei que trazes a máscara da verdade
e com ela encobres o falso rosto.
Seduzes falsas e turvas afeições.
Sei que vestes a máscara dos figurões.

Sei que chamas a todos companheiros,
entoas cânticos da nossa vitória.
Agora também nos dás as mãos.
Sei que tratas a todos como irmãos.

Sei que às vezes procuras camuflar,
para riscar a tua negra sombra.
Para voltares de novo ao poder.
Sei que às vezes procuras esconder.

Sei que apregoas ovações à liberdade,
erguendo alto a tua mão fechada.
Mas o teu gesto rebenta em falsidade.
Porque te ocultas na máscara da verdade.

Vila Franca de Xira, 1/12/1974


Texto: Victor Gil

Imagem: Internet (desconheço o autor do cartaz)

10 comentários:

lichazul disse...

impactante texto
una remembranza de un pasado que ojalá nunca vuelva a ser presente

ahora , es bueno mirar hacia adelante , y nutrirse del presente y de esta bulliciosa vida que corre a velocidad de la luz

un abracito de sol y las mejores energías a tu vida:=)

Unknown disse...

Palavras fortes mas com doce encanto.
Bjs
Lindo dia

Mário Margaride disse...

Amigo Victor

Abril nunca morrerá, enquando o povo português viver.

Um excelente poema, de força e determinação.

Abraço!

Convido-te a passa pelo "AMOR DE ALÉM MAR", outra forma de fazer poesia em dueto.

Uma boa semana!

Mário

lys disse...

Es fuerte el poema, pero es un bello poema, lo de poeta te viene de lejos.

Un beso.

Vicky disse...

Victor
In profundo poema... esas mascaras tan usadas por tantos en algun momento de la vida... pero es increíble colocársela para ocultar verdades que duelen....
Gracias por tu huella, bellas palabras me regalaste.
Caricias para tu alma.

CANTACLARO disse...

.
Víctor,

¡No hay forma de terminar!

¡Cuando acaba en un lugar brota en otro, siempre hay muchos soñando un mundo contento... pero, por otros lados siempre hay opresores y oprimidos!

Besos,

Ana Lucía

.

Mário Margaride disse...

Amigo Victor

Desejo-te em meu nome, e da minha querida amiga Rosana, um excelente fim de semana!

Abraço forte!

Mário.

UN VOYAGEUR SANS PLACE disse...

É bonito lutar pela liberdade,
Bonito dizer o que se pensa com sinceridade,
Com amor no coração
A tudo que se vai no fim da tarde.

É bonito observar o mundo com outros olhos,
Que não apenas, e tão apenas, ficam a observar.
Pena que o mundo gire e dê suas voltas,
Para que tudo volte depois ao mesmo lugar...

Gaspar de Jesus disse...

Parabéns GIL
Excelente este seu texto!
E com destinatário bem identificado!
Obrigado pela visita.
G.J.

Eduardo Trindade disse...

A História costuma ser impactante. Imagino que mais ainda para quem a vive(u). Teus versos ganham força com a História que têm por trás... Parabéns.
Abraços!