quarta-feira, 21 de outubro de 2009

CANÇÃO DO PESCADOR


Esta é a minha pequena homenagem, aos homens e mulheres do mar, que lutaram e ainda lutam por uma vida melhor. Ontem como hoje a luta continua a mesma.


Pelo mar fora vai o pescador,
pescar o peixe salgado do suor.

Deixa em terra o calor do lar,
e na areia a mulher a chorar.

A chorar o homem,
a chorar a terra,
a chorar os barcos,
que vão para a guerra.

Vem do mar largo o pescador,
trás as redes cheias de amor.

Regressa com saudades do lar,
encontra na praia a mulher a chorar.

A chorar o homem,
a chorar a terra,
a chorar os barcos,
que vão para a guerra.


Castelo Branco, 13/10/1979


Texto: Victor Gil

Fotografia: Internet (Google Imagens)

11 comentários:

Andradarte disse...

é bem verdade...é mesmo isso.
Infelizmente abrange outras classes.
Haja fé....
Abraço

angela disse...

Que poema bonito! A foto ficou boa com o poema. Vida dura a do pescador.
Não sei se conhece Dorival Caymmi, ele compos varias musicas e uma delae chama-se Suite dos pescadores e é muito bonita e canta essa dureza.
abraços

Sonia Schmorantz disse...

Na minha ilha há muitos pescadores, lendo os versos parecia os ver...
Um abraço

Luis Ferreira disse...

Um poema de grande beleza e uma fotografia que torna o quadro perfeitamente sentido.

Muitos parabéns meu amigo

Com amizade
Um abraço

Luis

José Leite disse...

gostei deste revisitar abril!

Abril para sempre!!!

*Lisa_B* disse...

Olá amigo Gil,
excelente homenagem.
Dura vida onde nunca sabem o que os espera porque lutar para viver do que dá o mar e no mar é muito dificil como todos sabem mas só uma parte sente: eles, os pescadores.
A foto muito bem escolhida.
Bom fim-de-semana.
Beijinhos

AFRICA EM POESIA disse...

Vim responder e agradecer a visita.
Esta semana foi dificil.
Ser professor nesta altura é muito difícil.

Um beijo e o meu baú



O MEU BAÚ...


Meu baú encantado...
Meu baú bem fechado...
Meu baú que ficou lá...
Mas que eu o imagino cá...
.........
No meu baú...
............
Os meus sonhos...
As minhas vestes...
Os meus brincos...
Os meus laçarotes...
As minhas bonecas...
...........
No meu baú...
.........
Os meus beijos...
Os meus desgostos...
As minhas loucuras...
.......
No meu baú...
.......
Fechado a sete chaves...
Eu olho para longe...
E sei que o meu baú...
É também igual...
A uma caixinha de Pandora...
...

E nada mais...
E não o abro...
Porque quero que o sonho...
Continue...
Perdure para sempre...
E nunca se desfaça...

LILI LARANJO

Gordinha disse...

"É doce morrer no mar"
Me lembrou muito nosso amigo Jorge Amado e suas história!
Após a tempestades, sempre se escuta baixinho uma mulher a chorar e pedir o corpo do seu homem ao mar...

Muito obrigada pelo belo comentário! Sinta-se à vontade em visitar o meu blog!

Abraços!
=D

Alondra disse...

El mar, vida y muerte...
No es lo mismo ver el mar en un día de playa que usar el mar como modo de vida. Hermoso poema
Saludos cordiales

lichazul disse...

felicitaciones Víctor

la canción-poema es un tremendo dolor muy bien `plasmado

placer leerte amigo
graicas por tus huellas en casa

José Leite disse...

Caro Gil:

Excelente este hino ao trabalho, ao lutar pela vida... uma epopeia dos humildes...