segunda-feira, 23 de março de 2009

CANÇÃO DE AMOR E LIBERDADE



Amo-te,
como a terra ama o sol,
como o peixe ama o mar,
como a noite ama o luar.

É para ti que eu colho as rosas,
no prado verde da esperança.
Nos canos de armas espinhosas,
crava flores uma da criança.

É para ti meu livre canto,
de esperança e de amizade.
Para ti bandeira ao vento,
meu cravo da liberdade.

Amo-te,
como o povo ama a verdade,
como a ave ama o seu espaço,
e o meu rosto, o teu regaço.

És o trigo, és a seara,
meu fruto, sumo de amor,
colhido na madrugada,
deste Abril à abrir em flor.

És o sonho, és a imagem,
com quem um dia sonhei.
És a mais bela miragem,
que no deserto encontrei.


Vila Franca de Xira, 11/08/1974


Texto: Victor Gil
Fotografia: Internet (Desconheço o autor)

3 comentários:

Unknown disse...

Aprendi com meus avós paternos a ter os sentimentos portugueses, de doçura, de amor e de paixão por sua terra.
Vou seguir colhendo todas as suas palavras de mel.
Bjs
Lindo dia

lichazul disse...

un saludo de paz
muchas gracias por dejar huella en casa

no comprendo el portugués , pero intentaré asimilar el escrito...


el amor es siempre un buen pretexto para plasmar hermosos poemas
FELICITACIONES!!!

José Carlos Brandão disse...

Abri várias vezes esta página. Fico feliz agora ao ver que está ativa.
"Abril é o mais cruel dos meses", disse T. S. Eliot (The Waste Land). Por que será?
Parabéns, continue.